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Agosto Dourado: conheça os benefícios da amamentação

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1 de agosto de 2022

Entre os dias 1º e 7 de agosto, acontece a 31ª Semana Mundial para Ação de Aleitamento Materno (SMAM). O objetivo é promover e conscientizar sobre os benefícios da amamentação até os dois anos e como forma exclusiva de alimentação do bebê até os seis meses de vida. A SMAM abre as celebrações do Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização desse alimento que é padrão ouro de qualidade.

Nas redes alimentaSesi e farmaSesi, cuidamos das pessoas promovendo saúde, bem-estar e acolhimento. E nada mais acolhedor que o colo de mãe durante a amamentação, que também é fundamental para a saúde e bem-estar do bebê.

Por isso, desenvolvemos esse conteúdo com as principais informações que você precisa saber sobre o aleitamento materno e a sua importância para mamãe, bebê e  a sociedade.

Boa leitura!

A importância da amamentação

O leite materno é o alimento mais completo para os bebês: sacia a fome; fortalece o sistema imunológico; promove o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional; aumenta o vínculo entre mãe e bebê; além de trazer diversos benefícios para a saúde da mulher.

Segundo dados da UNICEF (Fundos das Nações Unidas para a Infância), a amamentação realizada até os seis meses pode evitar a morte de 1,3 milhão de crianças até os cinco anos de idade no mundo.

Mesmo sendo tão relevante, os índices de aleitamento materno no Brasil ainda estão abaixo do ideal. A meta proposta pela Organização Mundial da Saúde é de que, até 2030, 70% dos bebês sejam alimentados somente com o leite da mãe nos primeiros seis meses de vida. Atualmente, esse número é de apenas 45,8% no país.

Do que é feito o leite materno

O leite materno é produzido nas glândulas mamárias e é feito sob medida para suprir as necessidades de cada bebê.

Ele contém anticorpos que protegem a criança de doenças e infecções. Também é composto por proteínas, lipídeos, açúcares, carboidratos e todas as vitaminas necessárias para o desenvolvimento saudável.

A partir da amamentação, a mãe passa para o filho ou filha uma série de “bactérias boas” que se alojam no intestino e ajudam nos processos de digestão e absorção de nutrientes, além de contribuir para a defesa do organismo.

Isso tudo faz do leite materno o alimento mais completo para o bebê, tornando desnecessária a complementação com qualquer outro até os seis meses de vida. Nem mesmo água e chás devem ser oferecidos à criança nesse período.

Benefícios da amamentação para o bebê

O guia sobre nutrição infantil, elaborado pelo Ministério da Saúde, traz uma série de benefícios da amamentação que demonstram porque ela é tão importante – principalmente como forma exclusiva de alimentação nos primeiros seis meses de vida.

O leite materno evita a morte infantil

O leite materno fornece toda a nutrição que a criança precisa até os seis meses e complementa a alimentação até os dois anos. Ele também protege contra doenças e infecções. Por conta disso, estima-se que ele pode evitar até 13% das mortes por causas preveníveis de crianças de até cinco anos.

Protege contra a diarreia

A amamentação ajuda a evitar a diarreia e, quando ela ocorre, diminui sua gravidade. Crianças não amamentadas têm três vezes mais chances de sofrerem desidratação e morrerem em decorrência das complicações do quadro.

Evita infecções respiratórias e otites

O leite materno também protege e diminui a gravidade de episódios de infecções. Um estudo realizado em Pelotas (RS), mostrou quecrianças de até três meses tem 61 vezes menos chances de serem internadas por pneumonia quando são amamentadas.

Diminui o risco de alergias

Crianças amamentadas têm menos chances de desenvolverem alergia à proteína do leite de vaca, dermatite atópica, asma e outros tipos de alergia.

Reduz o risco de doenças crônicas

A longo prazo, indivíduos que foram amamentados têm menos risco de desenvolver  hipertensão, colesterol alto e diabetes.

Reduz a chance de obesidade

Estudos apontam que das crianças amamentadas tiveram uma chance 22% menor de apresentar sobrepeso ou obesidade. Os resultados também sugerem que, quanto maior o tempo de amamentação, menores a chances do indivíduo se tornar obeso.

Tem tudo o que o bebê precisa

Como já mencionamos, o leite materno supre, sozinho, todas as necessidades nutricionais da criança nos seis meses após o nascimento e é uma importante fonte de nutrientes até o segundo ano de vida. E, por ser da mesma espécie, ele é melhor digerido do que outros tipos de leite, como o de vaca.

Contribui para o desenvolvimento cognitivo

Crianças amamentadas apresentam melhores índices de inteligência na maioria dos estudos realizados.

Melhora o desenvolvimento da cavidade bucal

Os movimentos que o bebê faz para sugar o leite contribuem para o desenvolvimento adequado do palato duro (céu da boca). Isso é fundamental para a correta mastigação, deglutição, respiração, articulação dos sons da fala e alinhamento correto dos dentes.

Benefícios do leite materno para a mãe e família

Não é só a criança que se beneficia com a amamentação. A mãe e toda a família também tiram proveito desse ato.

Protege contra o câncer de mama

A chance de desenvolver câncer de mama diminui 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação.

Evita nova gravidez

A amamentação serve como um anticoncepcional (com 98% de eficácia!) nos primeiros seis meses após o parto, desde que a mãe esteja amamentando exclusiva ou predominantemente e ainda não tenha menstruado.

Menor custo financeiro

A amamentação é de graça. Isso significa que, nos primeiros seis meses de vida, a família não precisa ter custos extras para alimentar o bebê.

Aumenta o vínculo entre mãe e filho

A amamentação é um momento de intimidade, comunicação e afeto. Muitos estudos sugerem que esse contato contínuo traz benefícios psicológicos e emocionais para a mãe e o bebê.

Melhora a qualidade de vida

Crianças amamentadas adoecem menos e precisam de menos medicação, o que implica em menos faltas dos pais ao trabalho, assim como menos custos e situações estressantes. Uma criança que cresce saudável impacta a qualidade de vida de toda a família.

Amamentar não depende só da mãe

A mãe precisa se sentir apoiada e segura para amamentar exclusivamente nos primeiros seis meses e continuar dividindo esse momento com o bebê pelo menos até ele completar dois anos.

O pai, outros filhos e avós podem contribuir estando próximos durante a amamentação, compartilhando esse momento. Além disso, é importante que ajudem nas tarefas domésticas e outros afazeres, para que a mãe possa se dedicar ao aleitamento.

Muitas mulheres também podem se deparar com alguns obstáculos ao amamentar, como desenvolver ferimentos nos mamilos, o leite não “descer” ou, ainda, o bebê ter dificuldades para sugar. Nesse caso, é importante saber que podem recorrer à ajuda profissional em unidades básicas de saúde, hospitais e maternidades, para serem instruídas sobre técnicas para amamentar, cuidar das mamas e estimular a produção de leite.

Quando o leite materno não é suficiente

Em algumas situações, como quando a mãe tem alguma doença que possa ser transmitida pelo leite, ou condição física que impeça a produção do alimento, a amamentação não é recomendada. Então vem a dúvida: qual a melhor forma de alimentar o bebê?

Ao contrário do que muitos podem pensar, no primeiro ano de vida não é recomendado oferecer leite de vaca para a criança. A bebida possui proteínas que podem causar alergia e anemia, além de não conter os nutrientes necessários para o desenvolvimento infantil.

Posso substituir o leite materno por fórmulas infantis?

Quando a mãe não pode amamentar, o mais indicado é utilizar fórmulas infantis que, apesar de não serem uma cópia exata do leite materno, oferecem os nutrientes que a criança precisa e são de fácil digestão.

Existem diferentes tipos de fórmulas no mercado que atendem as necessidades do bebê nas diferentes fases de desenvolvimento:

  • Para prematuros;
  • Fase 1: bebês de até seis meses;
  • Fase 2: bebês de até um ano;
  • AR ou Antirrefluxo, para bebês com refluxo gastroesofágico;
  • Sem lactose, para crianças com intolerância;
  • HA ou Hipoalergênicas, para crianças com histórico familiar de alergia ao leite de vaca;
  • À base de soja, para crianças acima de seis meses que tenham alergia ou intolerância ao leite de vaca;
  • Fórmulas diferenciadas, que possuem maior concentração de determinado ingrediente para suprir uma necessidade específica.

Atenção: É necessário consultar um pediatra para entender qual fórmula é a ideal para o bebê.

E, ao contrário do que acontece durante o aleitamento materno, bebês de até seis meses de idade que se alimentam exclusivamente de fórmula, precisam beber água.

Apoie o aleitamento materno

Agora que você já sabe a importância e todos os benefícios da amamentação, pode também fazer a sua parte para promover o aleitamento materno até os dois anos de idade.

Converse sobre o tema com conhecidos que estejam à espera de um bebê, compartilhe esse texto para as informações alcançarem mais pessoas e, claro, ofereça suporte se alguém próximo a você estiver amamentando.

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